Monastérios nas alturas

Preciso atualizar meu Top-100 de coisas que devem ser vistas no mundo para Top 101! Não é bem um número redondo, mas o que posso fazer?

O que é tão especial que não pode ficar de fora? O Meteora na Grécia, uma formação de monolitos formando pilares e montanhas parecidos com rochas redondas enormes que nomeia a área. Penhascos se estendendo a 600 metros nas alturas, em diferentes tons de cinzas, com mosteiros no topo das rochas.

Bem aqui.

Aqui todos aqueles tons de cinza que mencionei.

Um longo caminho para o alto para chegar aos mosteiros. Você precisa subir caminhos e escadas íngremes penhasco acima, os quais por vezes se tornam túneis através da pedra.

Ai meu Zeus! O tamanho da formação rochosa! Quase hipnótica! Você simplesmente não consegue parar de olhar!

Sendo esses penhascos tão incríveis,  é claro que eles atraem turistas: muitos deles. Alguns de ônibus,  outros de carro. No começo estávamos no primeiro grupo, dirigindo por tudo que é estrada de Meteora em nosso carro alugado.  Depois decidimos deixar o carro no hotel e pegar um táxi (por apenas 10 euros) para o topo do penhasco para fazer trilhas.  Eis a rota que pegamos.

No fim eram apenas quatro quilômetros, mas isso levou cinco horas! Isso porque para chegar a cada mosteiro leva prlo menos meia hora e claro que fomos parando para admirar e fotografar…

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Esse é um elevador para cargas pesadas – ou monges de idade – que chega até o topo, lá no mosteiro. O mosteiro com freiras apenas, não possui dispositivos como esses. Nem elevador ou degraus. Aí está a igualdade de gênero!

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Os turistas aqui parecem bem ativos; pelo menos esse aí. Bem, os rochedos de forma curiosa são bem tentadores…

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Os turistas aqui são extremamente enérgicos. Tivemos sorte de estar no meio de junho – não exatamente na alta temporada – mas mesmo nesse momento eles invadem aqui aos zilhões. Dica: se um mosteiro disser que abre as 9 da manhã, esteja lá as 9 em ponto a não ser que você queira se acotovelar com outros turistas o tempo inteiro…

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Mais uma dica, pegue um táxi ao topo e retorne ao hotel de pé – dessa forma você não enfrentará problemas com estacionamento. Esteja certo de se cobrir bem com roupas adequadas, óculos escuros e filtro solar, além de muita água.

Todos os mosteiros são imperdíveis. Porém não espere arquitetura antiga: todos foram renovados ao longo dos anos: muito concreto e tecnologias a vista. Difícil é achar alguma coisa com jeito de antiguidade.

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Monges e freiras vivem nesses mosteiros nas montanhas por milhares de anos. Algumas das pedras foram inclusive abrasadas pelos milhões de monges que já andaram sobre elas. Esforço esse que é intensificado hoje por turistas.

Claro que a razão pela qual os mosteiros foram construídos no topo de montanhas pouco acessíveis era para que os monges permanecessem distantes do mundo exterior. Hoje esse mundo exterior vem a porta dos monges.

Esse barril – não é preciso o deixar isolado como SCADA em infraestruturas críticas. Parece e cheira a algo muito antigo. Muito mais antigo que todo o concreto.

Esse dispositivo antigo já foi usado para enviar suprimentos de la de baixo para os monges em cima.

Continuamos adiante, fotografando…

O que é aquilo na outra montanha? Sim, um vilarejo bem aqui em cima, com uma estrada serpenteado para baixo. Decidimos conhecer…

De volta ao carro, dependemos do Google Maps para chegarmos na estrada sinuoda mencionada acima. Na verade, não sei se conseguiríamos sem ele.

Veja essas curvas sinuosas. Nunca vi nada do tipo. Alpe d’Huez.

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A placa na foto acima indica uma curva fechada foi a primeira do tipo que vi na vida. Disse a A.Sh que deveriam ser pelo menos 50 placas do tipo julgando pelo mapa. Claro, que comecei a contá-los, e no fim foram exatament 50! 50 curvas fechadas em 7,7 quilômetros!

Isso significa que existem pelo menos 100 no total – incluindo as outras 50 placas virados para o outro lado. A curva mais assentuada de todas estava mais ou menos nos 3,5 km.

No primeiro momento a estrada desce; depois o asfalto se torna estrada de chão. Não esperava por essa, ainda mais a frente a estrada é revestida por placas de concreto.

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Chegamos!

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Dirigimos um pouco mais além do vilarejo, mas descobrimos que quase não dava pra passar pela estrada. Dirigimos um pouco pelo vilarejo e esticamos as pernas um pouco depois, daí lá fomos nós de volta pro carro curvas sinuosas a baixo.

A vista daqui de cima! Queria ter ficado por mais tempo – ou para sempre. Tão pacifico, isolado, atraente, tentador, mas infelizmente a idéia não é nada realista.

Nossa! Ponte quebrada!

Chegamos ao hotel de nome curioso o Hotel Kastraki apenas um quilômetro de Meteora. Boas acomodações.

Isso é tudo por hoje. Semana que vem estamos de volta à estrada. Você nem imagina para onde…

Todas as fotos de Meteora estão aqui.

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