17 setembro 2012
The Flame: a “chama” que mudou o mundo
Por mais que eu viva, nunca vou esquecer o Oktoberfest de 2010. Sim, gosto muito de cerveja, especialmente da alemã, e ainda mais no Oktoberfest. A verdade é que nem sequer me lembro muito bem da cerveja, e não é porque tenha bebido demasiado 🙂 Foi por essa ocasião que recebemos as primeiras notícias sobre uma tendência muito chata, que eu já temia há alguns anos. É isso mesmo, foi a primeira vez que o Stuxnet apareceu – o primeiro malware criado com o apoio de um Estado e desenhado para cumprir uma missão militar específica. Foi exatamente sobre isto que falamos na nossa conferência de imprensa no Oktoberfest: “Bem-vindos à era da guerra cibernética!” Já parecia bastante óbvio nessa altura que o Stuxnet era apenas o início.
De fato, pouco mudou desde esse setembro até hoje. Todo mundo já tinha uma ideia sobre de onde o Stuxnet tinha vindo e de quem estava por trás da sua criação, apesar de nenhum Estado ter assumido a responsabilidade; na verdade, todos se afastaram da autoria do ataque o mais que puderam. A reviravolta veio no fim de maio, quando descobrimos um novo malware que também não deixava dúvidas quanto às suas origens e objetivos militares.