China: cibersegurança e ferrovias

Wuhan é uma cidade na China central. Fiquei muito animado quando li sobre o local na Wikipédia.

Trata-se de uma cidade sub-provincial, mesmo sendo gigantesca, capital e centro administrativo da província de Hubei.

A cidade cobre uma área de 8500 quilômetros quadrados (cinco vezes maior que Londres!) e tem uma população de 10 milhões (quase tanto quanto Londres). Até para os padrões chineses a taxa e o volume de construções  em Wuhan são muito altos. Distritos gigantescos aparecendo que nem cogumelos depois da chuva. Por enquanto, os novos arranha-céus residenciais estão vazios, mas quando forem preenchidos acredito que a população ultrapassará a de Londres  contando as áreas periféricas. Essa é a China sub-provincial, pessoal!

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Estávamos em Wuhan semana passada para uma conferência, a semana de cibersegurança da China – a qual eu não poderia perder ou deixar de marcar presença no palco…

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Ou aparecer para as câmeras…

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Também transmitimos nosso canal sobre cibersegurança industrial. Além do mais, participamos das exibições :

No que diz respeito a tamanho, Wuhan não é Pequim, ou Hong Kong, Xangai, nem Chengdu. Pergunto-me se como eles conseguem lotar esses salões de eventos gigantescos? Em Wuhan, a solução é simples: estudantes e crianças em idade escolar em massa. Era como se todas as escolas da região tivessem uma excursão ao mundo do cibersegurança.

Aqui estão os visitantes permanecendo em longas filas para chegar a exibição:

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O Centro de exposição daqui é realmente impressionante. O Hannover Messe é maior, mas ele foi construído ao longo de anos (gosta de comparar o tamanho das coisas ao redor do mundo? A internet é o seu lugar). Em Wuhan, tudo apareceu muito rápido, tudo é muito novo e recém-terminado. Dá para dizer olhando para o local, tudo novo e brilhante e pelo cheiro de novo – nosso hotel claramente não teve tempo de descanso entre o término da construção e a inauguração.

Queríamos ter ficado mais tempo na exposição, mas como sempre precisávamos estar em outro lugar e rápido.  Rápido é?  Nesse caso, hora de pular no trem.

Essa foi a primeira vez que viajei em um trem chinês! (A não ser quando estive no Shangai Maglev,  mas não é bem um trem). Atualmente, a china possui uma rede extensa de trens de alta velocidade. O objetivo era conectar todas as cidades do país por ferrovias com conforto e velocidade.  Acredito que o objetivo foi atingido. Não me recordo de como é feito o cálculo do cumprimento das ferrovias – ou pelo número de trilhos e vagões? De qualquer forma, a malha ferroviária deixa a da Rússia no chinelo em termos de comprimento (não importa como se calcule), mesmo a China tendo metade do tamanho da Rússia.

Tanto as estações quanto os trens na China são bem convenientes e confortáveis; apenas deixa a desejar em uma coisa: quantidade de placas em inglês;

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Os símbolos em vermelho na parte inferior do quadro dizem: “segurança de Internet para as pessoas, segurança na internet feita pelas pessoas”.

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Essa é a estação (a zona de espera no segundo andar de uma cidade sub-provincial:).

Aqui alguns turistas impressionados com o tamanho dos aeroportos chineses :).

O vagão da primeira classe. Como você pode ver, os assentos são quase como os da classe executiva em aviões, eles até reclinam e formam uma cama:

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Não havia internet (talvez existam outras rotas), mas uma tomada estava lá.

Esse é vagão da classe executiva:

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A classe econômica era mais ou menos a mesma coisa, porém os assentos estavam dispostos de três em três. Todos os assentos virados para frente. No fim da linha, eles viravam ao contrário.

O trem não é tão rápido assim – por volta de 200 km/h (japoneses e espanhóis são mais rápidos), mas não dá para dizer que é devagar. Muito confortável. Preciso pegar trens chineses com mais frequência.

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